segunda-feira, 19 de outubro de 2009

NÃO!!! ACABOU!!!

Não me peças para esperar quando tão bem sabes quanto odeio estar sentada. Tirar senha é coisa de me pôr nervos em franja, não podes ser tiquê de seja o que for. Tiquê de apetece agora, mas amanhã já não, de espera-lá-que-eu-já-volto. Não me peças que tenha paciência, que compreenda o inestimável. Que aceite o que não admito, que revogue o que me repulsa. Não podes esperar que eu compreenda. Não podes julgar que espere. Fomos amantes do agora, do até já, não me peças um até-breve-depois-vê-se. Pergunto-me muitas vezes porque Deus te roubou de mim. Do meu dia-a-dia, da minha vida-a-vida. Revolto-me com Ele porque te deixou aqui, no coração impaciente. No coração desesperado, angustiado pela ausência. Do teu corpo, cheio e doce como uma peça de fruta. Os teus lábios, terrosos e leves como planetas desconhecidos. Conhecidos aqui, no coração choroso. Não me digas para não chorar e acima de tudo não esperes que durma. Não penses, contudo, que te julgo. Não, longe de mim! Não tens culpa. Tenho-a eu. Deixei-te entrar. Deixei-te partir. E perdi-me no Universo; deixou de fazer sentido. Fiquei nua de fé. Nua de ti. Para ti é um Paciência!, para mim é doença. Sim, estou a adoecer porque te tenho tão-só em memórias. As do até já, no tempo em que Ele abençoou o nosso amor. As que me atormentam quando quero dormir e me fazem chorar quando não sei esperar. Porque não o sei - e não te atrevas a pedir-mo; tu, que tão bem me conheces.
@GUIRIGUITA@

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

CALO-ME!

Hoje a revolta toma conta de mim
Estou cansada
Cansada de tantas injustiças
Preciso dizer isto que sinto
Penso melhor e calo-me
Mas hoje não posso … não posso mais
Preciso dizer tudo o que sinto
Tudo o que me vai na alma,
O que me aperta o coração.
Preciso gritar até ficar sem voz
Estou cansada de guardar tudo
Estou a ser injusta?
Calo-me.
Mas…Preciso gritar para me fazer ouvir
Será que consigo?
Penso melhor…
Talvez gritar não seja solução.
Ninguém me vai ouvir.
Calo a minha voz
Grita a minha alma.
@GUIRIGUITA@

terça-feira, 18 de agosto de 2009

SIMPLESMENTE CANSADA,,,

Estou cansada. O sono apodera-se de mim e adormece a desilusão que me abraça. Sou um farrapo que alguém usou e desprezou. Sou os restos mortais de alguém que amou sem nunca conhecer a infinitude de um ser maior. Chove por dentro de mim. Uma chuva torrencial que quebra a transparência do meu ser. Procuro-me nas tuas palavras na ânsia de me rever ontem, hoje e sempre. Procuro nelas o abrigo para o inverno que se faz sentir nas entranhas do meu ser. Encontro um abismo sem fim. Tudo oco. Tudo vazio. E tecla a tecla, vou imprimindo palavras soltas na tentativa de redesenhar o meu percurso, delinear novas metas. Vou tentando retirar-te da minha vida, apagar as tuas marcas e esquecer-te no mais íntimo de mim. Não sou poeta, falta-me o ser erudito, a eloquência para te satisfazer e te prender. Nunca o fui. Nunca a tive. Talvez por isso, me amasses menos. Talvez por isso, buscasses outros enredos. Outras aventuras. Eu... sou o que sou e nada mais! Um ser imperfeito, inacabado. Às vezes, desejável, mas sempre insuficiente. Gostas de histórias de palácios e dragões. Princesas por resgatar, sentimentos por desbravar, sensações mágicas.... Eu sempre fui a realidade possível, a princesa de chinelos, sem palácio e sem dragões. O sentimento comum, a sensação vulgar. O beijo mais banal num contexto sofrível, mas no qual nunca precisaste de ser o herói. Comigo, nunca viste estrelas, nunca provaste o salgado, nunca andaste descalço. Nunca sentiste borboletas! Eu... sou apenas o tempo ultrapassado. Um tempo que se desfaz em cinza por um espaço que se dilui a cada segundo. Sou as memórias de um livro por reinventar. As lembranças de uma história por reescrever. Sou um sonho que se esfumaça a cada passagem do teu ser. Uma lágrima a cada ponta do véu levantada. Queria adormecer e não voltar mais a esta vida que visto, sem formas e sem cores. Queria despir-me do peso de um passado que não escolhi mas que agarrei. Queria despir-me de ti. Não mais sentir-te em mim, no modo como te instalas e sais impune. Queres palavras bonitas? Eu quero mais! Quero um amor talhado no céu. Um amor com as minhas insígnias. O meu nome inscrito em cada centímetro de pele. O meu rosto em cada olhar devolvido. O meu sorriso em cada gargalhada espontânea. Quero rever-me em alguém. Ser a alegria e a tristeza partilhada. Ser a vida e a morte de alguém. Faltam-me as forças para quebrar este pensamento obssessivo, no qual as ideias se atropelam e nada revelam. Não cabem em papel. Não cabem na alma, na vida. Assumes a forma de um estranho que me despertou para uma consiência que depois abandonou. Um estranho que já me tocou e que viria a rejeitar-me no sonho que não partilhou. Procuro alcançar-te com as minhas mãos, mas sob elas encontro um papel em branco por preencher. Procuro gritar e chamar-te, mas outro chamamento prevalece. E enquanto tudo se redefine, o cansaço vai-me adormecendo e embalando a desilusão que tarda em abandonar-me!
@GUIRIGUITA@

segunda-feira, 8 de junho de 2009

ESPECIAL,,,

Porque gosto e a letra me diz muito,,,

sexta-feira, 5 de junho de 2009

STAND-BY

Mantenho-me quieta.
Vejo-me impossibilitada de escrever tendo em conta que nem sequer sei o que sinto.
Permaneço como que num estado de stand-by em que nem há progresso nem regressão.
Deixo-me estar intacta com medo que um passo em falso possa complicar ainda mais.
Já não sei se tenho pensado ou agido demais.
Chego à conclusão que já nem penso em nada, para que inconscientemente acredite que tudo isto não passa de algo irreal.
Já me perco nos meus actos e indecisões.
Tanto estou segura do que quero como já não sei que caminho seguir.
Tudo demasiado complicado quando sempre me baseei no "ser nu e cru", no "é ou não é".
E é nestas alturas, em que não há uma acção certa ou errada, em que nada é simples ao ponto de ser plausível de ser feito de uma maneira especifica, que me vejo encurralada num não saber agir.
Neste momento, apenas queria chegar a um consenso, mesmo que para tal tenha de passar por aquilo com que me tenho vindo a debater ao longo da minha vida...
@GUIRIGUITA@

sexta-feira, 22 de maio de 2009

DISTÂNCIA,,,

Anos-luz de distância
Ou talvez a 4 ou 5 passos de mim?
Entre estilhaços e sonhos corroídos?
Estarás, então, num sopro de alento da aurora?
Quero acreditar-te apenas perdido de mim...
Algures por aí, pirilampo que não consigo ver
Neste mundo de papel e tinta derramada
Numa ou noutra sombra e mancha
Sei que existes, sei… vejo numa nuvem o teu contorno
Ali estas tu…Desafiando a gravidade
Respiras melodicamente, como quem inspira
Uma essência profunda, leve
Sorris... sorris muito… simples como uma papoila no campo…
Com esse sorriso tão próprio e tão teu....
Tecido e bordado em estrelas cadentes.
Sincero e de cabelo meio encaracolado desalinhado
Devaneias, como uma vertigem num quadro de Dali
Descontraído, simpático, casual, caminhas como quem dança
Teimoso, doce, altruísta e de aroma suave a frutas de verão
Por vezes demasiado generoso e sensual
Por vezes simplesmente distraído, curioso e absorto
E assim que eu te sinto, é assim que eu te “vejo”…
@GUIRIGUITA@

sexta-feira, 8 de maio de 2009

domingo, 3 de maio de 2009

DETALHES

Poupa-me dos detalhes sordidos
Dos atalhos que escolhes em caminhos vãos
Dos erros que vais cometendo
Enquanto lutas com a realidade a cada momento.
Procura-me lá,
No sítio onde me deixas-te.
Procura-me lá,
No sítio onde me amaste.
Não quero viver o passado num futuro
Quero encontrar-te neste presente.
Crescido, mudado e maduro,
Em sentimentos de quem segue em frente.
Não demores que está a ficar frio
O tempo,,, a dor,,, ,as também o Amor
Não me deixes aqui neste sítio sem cor,,,
@GUIRIGUITA@

terça-feira, 21 de abril de 2009

IRRITADA!!!!

Estou extremamente irritada. Apetece-me gritar, espernear, deitar tudo cá para fora aos berros! Em vez disso, respiro. Nem vale a pena tentar explicar a minha posição. Simplesmente não há consenso. O teclado acaba por ser o principal sofredor no meio de tudo isto. É esmagado pela frustração que sinto neste momento. Só a escrita abafa o furacão em que encarnei. Não entendo porque o que serve para mim não serves para outros?! Se eu me esforço por manter uma conduta e tentar ser mais compreensiva e ponderada porque não recebo o mesmo em troca? Já mudei tanto...em tempos cheguei a discutir, a barafustar, e por vezes a concluir que não deveria ser tão exagerada. Agora...porque é que não recebo do outro lado o mesmo? Se eu me esforço e consigo admitir os meus erros e precipitações, não percebo porque não há um retorno idêntico. Será assim tão difícil porem-se na minha situação? Estou de tal modo frustrada que é melhor descarregar apenas na escrita e manter-me calada até a cabeça esfriar senão o resultado não vai ser muito animador...
@GUIRIGUITA@

terça-feira, 31 de março de 2009

ESTRANHA!

Não gosto desta sensação. É como se alguma coisa não estivesse bem, mas não consigo obter a percepção do que se trata. Incomoda-me. Torno-me inquieta. Dou voltas e reviravoltas. Sem sequer sair do mesmo sitio viajo por entre conjecturas, suposições, factos e sentimentos.
Continuo sem entender. O que me incomoda. O que não está bem. Se sou eu ou algo que me é próximo.
É por isto que evito parar. Preciso de estar em acção constante para que as minhas ideias não formem novelos de pensamentos, que só me deixam insegura e instável,,,
@GUIRIGUITA@